quarta-feira, 26 de maio de 2010

Presidenciáveis investem no voto religioso



Pessoal apenas confirmando o que eu postei sobre homossexualismo olha só os números da segmentação religiosa. Há muito tempo viramos apenas um nicho a ser explorado pelos "marketeiros" se podemos assim chamar esta ciência que é muitas vezes usada para fins egoístas.







Em um país onde apenas 7% da população declara não ter religião, o caminho para a vitória nas urnas tem na fé um atalho traiçoeiro. De olho em um contingente que passa da centena de milhões de eleitores, candidatos a cargos proporcionais e majoritários flertam com o voto religioso, em um movimento que oferece inúmeros riscos. Entre os presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) se debruçam de forma ainda tímida sobre a tarefa de conquistar o segmento dos brasileiros que atrelam a escolha nas urnas às convicções da fé. Tentam calcular o comportamento desse eleitor para, muito mais do que agregar novos simpatizantes, não ser tragados ao expor posições ofensivas às crenças mais tradicionais.
Embora atuem mais nos bastidores, as religiões com praticantes no país estendem o braço de forma diferente à atuação política. Especialistas apontam que várias delas contam com representantes diretos nos três poderes da República. Entre os partidos, há legendas como o PR e o PRB, com vínculo direto religioso. O PR reúne evangélicos de diversas correntes, como Assembleia de Deus e Igreja Batista. Já o PRB tem raízes na Igreja Universal do Reino de Deus. Por terem maior representatividade na população, os católicos apostólicos romanos e evangélicos neo pentecostais formam os setores mais disputados pelos políticos brasileiros.
“O que é mais importante em termos da disputa dos políticos em relação à agregação dos religiosos não é a garantia dos votos em si, mas ser identificado como palanque mais adequado a cada crença, para não perder esse votos”, explica a professora da Universidade Federal Fluminense, Christina Vital. Em resumo, a cientista aponta que dificilmente se ganha um voto somente pela religião, mas é fácil perder eleitores por causa dela.
Busca de apoio
Entre os presidenciáveis, a candidata que mais tem avançado sobre o segmento religioso, segundo avaliação de especialistas, é Dilma Rousseff. A petista já participou de eventos em rádios religiosas, missas e cultos evangélicos. Ao flertar com o chamado voto da fé, porém, Dilma tem tropeçado em contradições. Primeiro, esquivou-se de responder se Deus existe, depois disse não ter religião, mas respeita quem é religioso. Até que decidiu assumir-se seguidora do Vaticano. “A questão religiosa influencia o voto, mas isso tem de estar em evidência. Tem de ter um valor e o eleitor tem de identificar isso”, explica o cientista político da Universidade de Brasília Ricardo Caldas. Até agora, Dilma tem o voto declarado de partidos ligados às religiões neo pentecostais, como o PR e o PRB.
Para fazer frente ao movimento de Dilma, o tucano José Serra também vem reservado espaço cativo na agenda para eventos religiosos. Em Balneário Camboriú, rezou junto a evangélicos em abril. Na semana passada, iniciou o roteiro de cunho religioso obrigatório dos candidatos, por Juazeiro do Norte (CE) – o outro endereço é Aparecida do Norte (SP). Embora não tenha cometido nenhuma contradição, analistas entendem que o pré-candidato ainda titubeia ao abraçar questões cruciais para a fé, como a questão do aborto e da união homoafetiva. “O Serra tem mais condições de reunir o voto religioso, que é tradicionalmente conservador, mas ele resiste a se enquadrar às teses desse grupo, como um político de centro-direita. Ele prefere a imagem de técnico, cientista e até centro-esquerda” analisa Ricardo Caldas.
Agenda religiosa
Ainda que seja a única entre os presidenciáveis com currículo religioso, Marina Silva tem sido a pré-candidata com menor agenda ligada à religião. Depois de cogitar se tornar freira e se converter evangélica da Assembleia de Deus, Marina tem evitado os temas sensíveis às crenças. Na questão do aborto, diz que é pessoalmente contra, mas sugere um plebiscito para definir a legalização da prática. Em via oposta à própria crença, declarou que não iria se opor à união homoafetiva. A aposta no tom ambientalista, em detrimento do religioso, para a campanha evitaria a perda dos votos dos jovens, hoje mais simpáticos à pré-candidata verde.

Fonte: O verbo

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